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Impermeabilização e pontos singulares

Caracteriśticas de uma boa impermeabilizacã̧o Impermeabilização e execução de pontos singulares

CARACTERÍSTICAS DE UMA BOA IMPERMEABILIZAÇÃO

O QUE É IMPERMEABILIZAÇÃO?

Podemos dizer que a impermeabilização cria uma barreira que impede à água de entrar ou sair, dependendo das nossas necessidades, numa determinada estrutura, evitando a ação dos agentes atmosféricos, os movimentos da referida estrutura e o envelhecimento da própria barreira impermeabilizante.

OS AGENTES ATMOSFÉRICOS

Os imediatos, os que afetam diretamente a razão de ser de uma impermeabilização, seriam a água, a neve e o gelo (também a água condensada), mas há mais fatores atmosféricos que devem ser considerados, como o vento, que pode prejudicar a absorção de determinadas membranas flutuantes ou a humidade residual do suporte que pode dificultar a aplicação de determinados produtos. Outros fatores a serem considerados são os derivados de sais, cloretos em geral, carbonatações etc., que também podem afetar as estruturas e, portanto, a impermeabilização. Nesse caso, existem agentes de impermeabilização que cumprem a dupla função de impermeabilização e proteção do betão.

OS MOVIMENTOS DOS EDIFÍCIOS

Os edifícios são quase “seres vivos”, no sentido em que estão sujeitos a movimentos da terra, do próprio assentamento quando carregado e outros fatores externos, como a construção de uma seção subterrânea do metro. Esses movimentos podem criar fissuras ou fazer com que as fissuras existentes se expandam. Por este motivo, é importante escolher produtos que garantam uma adequada capacidade de acompanhar as fissuras.

O ENVELHECIMENTO DOS EDIFÍCIOS

Os edifícios, como referido anteriormente, são “seres vivos” e envelhecem. A ação dos raios UV tem um impacto especial nas impermeabilizações expostas, que perdem a sua flexibilidade ao longo do tempo, de forma mais ou menos acentuada consoante os diferentes materiais.

OS PONTOS ÚNICOS

Consideram-se pontos únicos aqueles que, pelas suas características, requerem o tratamento especial no projeto e na execução da impermeabilização, pois costumam representar um risco maior no caso de a execução estar incorreta.

Pontos únicos podem incluir: juntas de dilatação, encontros perimetrais, sifões de drenagem, elementos passantes, âncoras, etc. Por isso, é extremamente importante, independentemente do sistema de impermeabilização escolhido, o uso de elementos pré-moldados, como bandas, sifões e drenos.

EM RESUMO

Uma boa impermeabilização deve ter em conta tudo o que, no futuro, possa prejudicar as suas características iniciais, utilizando os elementos prefabricados existentes, cumprindo o que está indicado nas diferentes regulamentações e definindo um plano de manutenção futuro.

IMPERMEABILIZAÇÃO E EXECUÇÃO DE PONTOS SINGULARES

Consideram-se pontos singulares aqueles que, pelas suas características, requerem tratamento especial tanto no projeto como na sua execução.

Estes podem incluir:

  • Juntas de dilatação
  • Encontros da cobertura com faces verticais
  • Encontros da cobertura com elementos periféricos
  • Encontros da cobertura com calhas ou sifões de drenagem
  • Canos de queda
  • Encontros da cobertura com atravessamentos
  • Ancoragem de elementos
  • Cantos e esquinas
  • Acessos e aberturas

Para o tratamento dos pontos singulares, são utilizadas uma série de bandas de membranas, pré-fabricadas ou preparadas no local, definidas a seguir.

  1. Bandas de Aderência. São utilizadas para garantir a aderência da membrana ao suporte na impermeabilização betuminosa.
  2. Bandas ou peças de reforço. São utilizadas para reforçar a membrana nos pontos singulares, que estão submetidos a tensões mecânicas especiais. São comuns para todos os tipos de impermeabilização. Em alguns casos, são peças pré-fabricadas do mesmo tipo e espessura da impermeabilização, enquanto que em outros casos, em produtos líquidos ou argamassas impermeáveis formadas in situ, aplicadas como armadura ou reforço entre camadas.
  3. Banda de acabamento. São utilizadas para rematar a impermeabilização do ponto singular. A largura da banda deve ser a especificada em cada elemento singular.
  4. Peças especiais. São utilizadas para conectar as membranas a certos pontos singulares, tais como sifões de drenagem, ancoragens, atravessamentos, etc. Estas peças devem ser especialmente concebidas e devem ser de natureza compatível com a membrana.