A AIFIm alerta sobre a escassez de matérias-primas para a produção de produtos plásticos
- A carência pode afetar seriamente a produção na indústria de materiais de construção
- A AIFIm deseja avisar o setor sobre esta escassez para que os clientes de materiais impermeabilizantes possam fazer as suas estimativas de compra
- A covid-19, as medidas de bloqueio e o clima pressionam um mercado com demanda crescente
Madrid, 15 de março de 2021.- O mercado europeu de polímeros está sob pressão há meses e a escassez de matérias-primas e o aumento dos preços estão afetando seriamente a produção de produtos plásticos na Espanha e no resto da UE.
A AIFim (Asociación Ibérica de Fabricantes de Impermeabilización), que reúne e representa aos fabricantes de sistemas e soluções de impermeabilização de Espanha e Portugal, avisou que a escassez de matérias-primas em toda a Europa já está a afetar gravemente as empresas.
“Nossos associados verificam que, desde o final de 2020, a falta de disponibilidade de matéria-prima está a gerar atrasos preocupantes na produção e entrega dos pedidos ao cliente”, explicou Gonzalo Causin, presidente da AIFIm, que acrescentou que “o mercado de impermeabilização vai registrar aumentos significativos no preço dos materiais ”.
EuPC, o organismo comercial que representa os transformadores de plásticos europeus, e outras associações internacionais também alertaram sobre as dificuldades em todo o mundo na obtenção de matérias-primas para manter sua produção em funcionamento, e sobre os estoques “assustadoramente baixos”.
A demanda de polímeros se recuperou no segundo semestre de 2020, após uma queda acentuada na produção devido à pandemia e as medidas de bloqueio. Atualmente, a oferta de matérias-primas está novamente estagnada.
A situação piorou desde o final do ano devido a perdas de produção nos EUA devido ao clima e ao aumento dos casos de “força maior” na Europa.
A escassez de contentores marítimos agravou a situação, em uma combinação que levou a fortes aumentos no preço dos polímeros que reduziram muito as margens das empresas manufatureiras.
Perante esta situação, a AIFIm quer alertar as empresas do setor que essa tensão entre a oferta e a demanda pode levar à falta de disponibilidade de produtos e a uma rápida variação de preços. “Hoje, mais do que nunca, as empresas do setor teriam de fixar índices de revisão e cláusulas de proteção nos contratos com os seus clientes finais”, recomenda a associação.
O setor da transformação de plásticos emprega mais de 1,6 milhão de pessoas no setor, distribuídas por cerca de 50.000 pequenas e médias empresas que faturam 260.000 milhões de euros por ano.