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Uma correta impermeabilização líquida dependerá de muitos fatores. A boa qualidade dos materiais e uma excelente instalação não são os únicos aspectos a ter em conta na planificação da intervenção.

A preparação do suporte é uma parte tão importante como as restantes etapas e será fundamental para garantir o sucesso da impermeabilização e evitar reparações dispendiosas. Dependerá deste trabalho prévio que tenhamos superfícies limpas, secas e livres de partículas soltas que dificultem a adesão.

Os objetivos deste primeiro passo tão necessário são criar uma ancoragem mecânica, facilitar a ancoragem química adequada e eliminar contaminantes e aplicações anteriores.

Para realizar este processo de preparação antes de aplicar a poliureia ou a impermeabilização líquida, o primeiro passo é rever o estado do suporte sobre o qual teremos que intervir, verificando dois parâmetros fundamentais:

1.- As condições termohigrométricas do substrato e do ambiente: Com esta revisão poderemos descartar a presença de condensação, orvalho ou humidade que possam gerar furos que, por sua vez, ponham em risco a estanqueidade e aderência da membrana.

2.- As condições mecânicas. É muito importante saber qual a resistência à ruptura que o suporte apresenta antes de iniciar a sua impermeabilização.

Uma vez realizada esta inspeção, procederemos à preparação do suporte ou substrato, prestando especial atenção ao tratamento dos pontos singulares. O suporte ou substrato pode ser composto pelos seguintes materiais: betão, argamassa, metal, tijolo, cerâmica, briquetes de grés, madeira, geotêxtil, poliuretano, poliestireno, betume, fibrocimento ou tintas acrílicas.

Segundo o tipo de suporte, teremos mais ou menos dificuldade na hora de prepará-lo. Neste artigo explicamos como agir se o suporte for de concreto ou argamassa:

Adaptaremos as superfícies a impermeabilizar realizando as ações corretivas necessárias, limpando (poeira, sujeira, óleos, gordura, silicones ou outros contaminantes que possam afetar a aderência da membrana) e verificando se há ausência de humidade, que tenhamos uma temperatura adequada (entre 3ºC e 35ºC), que o suporte seja resistente e coeso.

Uma vez realizadas estas verificações e, se necessário, deveremos intervir no suporte com algumas das seguintes ações:

• Polimento. No caso de novos substratos sem tratamentos especiais de endurecimento superficial. É realizado com pedras de polimento rotativas. É um método útil para eliminar da superfície do betão todo o tipo de irregularidades ou restos de substâncias produzidas por um mau endurecimento (pasta de cimento, agregados expostos).
• Lascamento mecânico ou escarificação. Se encontrarmos superfícies antigas com partes friáveis ​​não espalhadas por toda a superfície.
• Fresado. Em suportes antigos particularmente degradados ou contaminados onde seja necessária a remoção de uma camada contínua e homogénea. É realizado com uma roda dentada, com acabamento à base de carboneto de tungstênio; semelhante ao lixamento, embora permita a remoção mais rápida de várias camadas de suporte.
• Projeção de granalha de aço. Este processo gera muito pouco pó e tem a vantagem de deixar a superfície perfeita em 99% dos substratos.
• Semialisado de concreto fresco. Para deixar uma superfície regular e evitar outras ações corretivas. É um método simples e barato que gera bons perfis de preparação, embora também gere muito ruído e poeira, o que torna necessária a aspiração posterior.
• Desbaste diamantado. É o sistema mais versátil, fácil de usar e com pouca margem de erro. Tem um custo mais elevado e também requer aspiração posterior para eliminar o pó gerado.

Uma vez preparado o suporte e antes da aplicação da poliureia, será necessário também verificar a resistência à ruptura do próprio substrato, para evitar que a aplicação da membrana líquida provoque delaminação do substrato.

Estes testes de adesão devem ser sempre realizados de acordo com um padrão, caso contrário os valores não são comparáveis ​​e, portanto, não serão confiáveis.